quinta-feira, 14 de abril de 2016

Como proteger o seu filho do Bullying??!!

O bullying, é uma forma de assédio moral ou físico que acontece entre crianças, é hoje uma preocupação para a maioria dos pais. Para detectar e proteger o seu filho desta situação, deve estar atento aos sinais.
Os pais devem também conhecer e falar regularmente com os professores, monitores e pais de colegas, estando a par de como estão construídas as relações sociais dentro do grupo.
“Sempre que há grupos de muitas crianças juntas, parte do desenvolvimento das competências sociais pode traduzir-se em bullying”, explica Joel Haber, psicólogo clínico, ao site Everyday Health.
A atenção dos pais a este fenómeno não deve limitar-se ao contexto escolar. Deve também ter atenção às actividades extracurriculares, principalmente aquelas em que a criança passa mais tempo como em acampamentos de escuteiros ou visitas de estudo que impliquem mais do que um dia. “Ao contrário da escola, não há muitas ocupações num acampamento para os miúdos a não ser desenvolver as suas relações sociais, portanto é o ambiente mais propício à existência de bullying”, afirma o especialista.
Joel Haber explica que se o seu filho subitamente começa a deixar de querer ir para uma actividade que antes gostava, esse é um sinal claro de que poderá haver algum problema. Pode não ser bullying e até tratar-se de outra complicação – ansiedade, fobias, depressão ou algum desconforto com os adultos que monitorizam a actividade. Deve tentar perceber o que se passa.
As crianças mais pequenas costumam mesmo fingir má-disposição física para evitar as actividades e algumas desenvolvem efectivamente sintomas como dores de barriga ou de cabeça resultantes da ansiedade.
“É importante falar de forma natural sobre o bullying mesmo antes de a criança ir para as actividades. Dizer coisas como ‘olha, vais divertir-te muito, mas podem existir momentos menos bons”. Os pais devem ensinar os filhos como reagir caso os colegas tenham comportamentos menos positivos com eles. Esta aprendizagem depende da idade e maturidade da criança. Nos mais velhos, pode encorajar a criança a reagir com humor, não se mostrando intimidada, ou simplesmente ignorando o agressor. “Se a criança conseguir lidar sozinha com o bullying vai sentir-se mais feliz e confiante por ter solucionado o problema de forma autónoma”, explica o psicólogo. Mas se ainda assim o problema não ficar resolvido, o seu filho deve estar instruído para falar abertamente com um adulto da sua confiança, seja um professor, um irmão mais velho ou os próprios pais. O mais importante é a criança ou adolescente sentir que não está sozinho.
Os pais devem também conhecer e falar regularmente com os professores, monitores e pais de colegas, estando a par de como estão construídas as relações sociais dentro do grupo. Deve saber com quem brinca o seu filho e falar sobre como correu o dia na escola. 
Fonte: sol.pt
http://goo.gl/jfer9b

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A Criança com PHDA na sala de aula

Devem ser efectuadas modificações na sala de aula que permitam à criança com PHDA um melhor desempenho. Adicionalmente, estas modificações ajudam as crianças com PHDA a desenvolver mecanismos de compreensão, que poderão empregar mais tarde noutras situações.Nem todas as crianças com PHDA irão necessitar de todas as adaptações seguidamente sugeridas, devendo ser escolhidas de acordo com as necessidades e características individuais de cada criança.Não há qualquer razão para que “todas” as crianças numa sala de aulas tenham que ter as mesmas tarefas ou a mesma abordagem pedagógica, desde que tenha lugar o ensino dos mesmos conceitos e/ou princípios.                               

ADAPTAÇÕES AMBIENTAIS

  • Sente a criança perto do professor.
  • Forneça uma sala de aula estruturada, com expectativas claras.
  • Limite os espaços abertos que possam encorajar comportamentos hiperativos (correr, p. ex)
  • Reduza os estímulos que levem à distracção.
  • Crianças com PHDA devem ter aulas preferencialmente de manhã, em turma reduzida.

CRIANÇAS COM PHDA TÊM FREQUENTEMENTE DIFICULDADES EM SEGUIR INSTRUÇÕES

  • As instruções verbais devem ser curtas, claras e devem ser repetidas sempre que necessário.
  • Forneça instruções escritas (revistas oralmente), para tarefas de múltiplos passos.
  • Divida as tarefas e o trabalho de casa em pequenas etapas.

FOQUE-SE NA PROMOÇÃO DO SUCESSO

  • Reduza o trabalho escrito (na sala de aula e TPC) até aos limites de capacidade e tempo de atenção do aluno.
  • Permita testes com limites de tempo adequados ao aluno.
  • Forneça feedback formal (p. ex: Sistemas de fichas: "tokens") para reforçar comportamentos positivos.
  • Recompense os progressos, mesmo que o desempenho seja inferior ao que devia.

AJUDE A CRIANÇA A APRENDER A ORGANIZAR-SE

  • Ajude a criança a utilizar uma agenda de trabalhos de casa. Liste os deveres, a data da entrega e os livros/materiais necessários. Recorde à criança que deve consultar a agenda, no final do dia, para se assegurar que está tudo em ordem.
  • Estabeleça rotinas diárias.

ALGUMAS CRIANÇAS COM PHDA TÊM DIFICULDADES COM A ESCRITA

  • Limite a quantidade de trabalhos escritos.
  • Facilite o uso do computador.
  • Não dê ênfase excessiva à “apresentação”/erros ortográficos e foque-se mais no conteúdo.
  • Em certos casos, considere apoio dirigido à caligrafia.

AJUDE AS CRIANÇAS A CONTROLAR OS SEUS IMPULSOS

  • Lembre a criança com frequência que deve pensar antes de responder ou de executar qualquer tarefa.
  • Avise a criança que deve sempre reverificar os trabalhos antes de os entregar.

MANTENHA E REFORCE A SUA AUTO-ESTIMA

  • Promova o desempenho em áreas fortes da criança.
  • Reforce comportamentos e desempenhos adequados em público e em privado.
  • Não peça publicamente à criança que execute uma tarefa que seja muito difícil para ela.
  • Foque a sua atenção mais no reforço positivo do que nas respostas negativas.

IMPLEMENTE UM PROGRAMA DE MODIFICAÇÃO COMPORTAMENTAL ESPECÍFICO

  • Eleja como alvo de modificação comportamental apenas alguns comportamentos indesejáveis de cada vez, estabelecendo consequências claras e consistentes. Estas devem ser explicadas à criança em privado.
  • As consequências não devem ser publicamente humilhantes. Gestos ou sinais pré-combinados podem ser formas de avisar a criança de que o seu comportamento está a “passar das marcas”, antes que sofra todas as consequências. Sinais também podem ser usados para dar “feedback” positivo para comportamentos correctos.

ENSINE A CRIANÇA A APRENDER ACTIVAMENTE

  • Recorra a ajudas visuais e experimentação como forma de reforçar a aprendizagem.
  • Ensine leitura activa (sublinhar), escuta activa(tirar notas), ler para procurar detalhes e sub-vocalização (sussurrar) como uma ajuda à memorização

LEMBRE-SE QUE AS CRIANÇAS COM PHDA TÊM UMA MAIOR INCIDÊNCIA DE PROBLEMAS DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO (p. ex: Dificuldades Específicas de Aprendizagem)

  • Forneça apoio dirigido às dificuldades específicas da criança, em curtas sessões, de acordo com o seu tempo de atenção.
Retirado na integra de: http://simposio-phda.pt/index.php/2016-02-21-13-13-29/a-crianca-com-phda-na-sala-de-aulas